sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Paulo Coelho em "As verdades absolutas, eu aprendi a questionar"


O fascínio que o proibido exerce sobre mim, talvez seja um pouco mais intenso do que em algumas outras pessoas mais acostumadas com o comodismo e a apatia. Quando ouvia a palavra “não”, ligada ao verbo “fazer”, este fascínio me seduzia um pouco mais, fato que me fez seguir alguns caminhos que hoje em dia provavelmente eu não seguiria. No entanto, acredito que sempre percebi a vida desse jeito: “uma eterna busca por descobertas que nos ensinem algo de bom, mesmo que seja através de afagos ou pelas dores inconfundíveis das pancadas”.

Foi nesta busca por novos caminhos que me impeliam a nadar contra a corrente que, recentemente, me fez ler avidamente as obras que eu consegui ter acesso, do escritor Paulo Coelho. Ouvir as críticas depreciativas, por certo tempo, embora me deixassem com um pé atrás para com suas obras, me fez, de forma contraditória, também querer conhecê-las para, só aí então, começar a tecer meus comentários.

Todavia, mesmo sabendo que esta ação comporta uma coerência óbvia, confesso que acredito não serem raros os críticos que nunca leram ou terminaram de ler pelo menos uma de suas obras, mesmo que isso não os neutralizasse no ato de tecerem seus comentários ácidos e questionáveis.

Desta forma, preferi ser honesto comigo mesmo e, antes de comentar algo sobre um dos escritores brasileiros mais lidos em todo o mundo, passar a ler pelo menos um de seus livros. Agindo desta forma, comprei o primeiro e, mesmo sem termina-lo, me vi comprando o segundo e o terceiro, para, num ato frenético, lê-los no mesmo período.

Hoje posso dizer que já li “O Diário de um Mago”, ‘Briga” e “As Valkírias”, este último, com mais voracidade visto que a história do Paulo Coelho com o músico Raul seixas muito me interessava. Desta leituras, destaco que umas, gostei mais que outras, mas o estilo de escrita de Paulo Coelho permanece em todas as suas obras.

Analisando o desenvolvimento técnico de seus livros, não há como deixar passar que sua escrita possui uma narrativa muito longa acompanhada de poucos acontecimentos, fato que deixa alguns livros cansativos, como ver a ser o caso do livro “Verônika decide morrer” que já iniciei, mas ainda não tive paciência para termina-lo.

Confesso que no conteúdo e na forma, gostei mais dos livros “O Diário de um Mago” e “As Valkírias”. O primeiro abordando suas experiências como um peregrino no caminho de Santiago de Compostela, na busca por uma espada mágica que serviria como um rito de transição para uma tradição mágica da qual Paulo Coelho alega fazer parte, no caso a “Tradição da Lua”. E, por sua vez, o segundo, contando com um relato fantástico de uma peregrinação pelo deserto do Majove, que o escritor e sua esposa fizeram na tentativa de conversar com seu anjo da guarda e, consequentemente, pelo rompimento de um contrato espiritual que Paulo havia feito quando era jovem por flertar com a “magia negra”.


Contudo, ainda há muito o que ler. Embora eu já me sinta capaz de tecer certos comentários, ao menos por enquanto, prefiro apenas expor que encontrei pontos positivos e negativos nos livros que já conclui de Paulo Coelho. Desta forma, deixo para apresentar e se possível, analisar, as obras individualmente em outro momento. Portanto, para o meu espírito irrequieto, só posso dizer: “muita calma nesta hora e boa leitura”. 

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